O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) divulgou no dia 1° de Dezembro de 2017 o resultado da balança comercial de janeiro a novembro de 2017. O superávit comercial para o primeiros 11 meses do ano chegou a US$ 62 bilhões e é o maior da história. O recorde anterior de superávit da balança comercial para os 11 primeiros meses era de US$ 43,3 bi, e o recorde de superávit total de um ano era de US$ 47,bi ambos registrados em 2016.
No acumulado janeiro-novembro de 2017, as exportações foram de US$ 200,154 bilhões. Sobre 2016, as vendas externas registraram crescimento de 18,2%, pela média diária. As importações somaram US$ 138,146 bilhões, aumento de 9,6%, também pela média diária, sobre o mesmo período anterior (US$ 126,027 bilhões). A corrente de comércio, soma de exportações e importações, alcançou a cifra de US$ 338,301 bilhões, representando aumento de 14,6% sobre os onze primeiros meses de 2016, pela média diária (US$ 295,321 bilhões).
Na entrevista coletiva para comentar os dados, realizada hoje, em Brasília, o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, informou que o valor das exportações e das importações de janeiro a novembro já supera o valor total de 2016. “As exportações e importações brasileiras de janeiro a novembro registraram crescimento de quase todos os produtos, e muitos tiveram aumento em quantidade e preço”. Nas vendas externas do período, os preços subiram em média 10,7% e as quantidades, 6,9%. Nas importações, os preços foram 3,7% superiores e as quantidades 5,8% maiores que no mesmo período de 2016.
Exportações brasileiras de janeiro a novembro de 2017
No acumulado de janeiro a novembro de 2017 as três categorias de produtos registraram crescimento em relação a igual período de 2016: básicos (28%) semi manufaturados (13,8%) e manufaturados (9%). Com relação à exportação de produtos básicos, houve aumento de receita de petróleo em bruto, minério de ferro, minério de cobre, soja em grão, carne bovina, milho em grão, carne de frango, carne suína e algodão em bruto. Nos semi manufaturados, os maiores aumentos ocorreram nas vendas de semi manufaturados de ferro e aço, ferro fundido, madeira serrada, ferro-ligas, óleo de soja em bruto, açúcar em bruto e celulose. No grupo dos manufaturados, houve crescimento principalmente em óleos combustíveis, máquinas para terraplanagem, tratores, automóveis de passageiros, veículos de carga, laminados planos, óxidos e hidróxidos de alumínio, chassis com motor, açúcar refinado, autopeças, calçados, pneumáticos, motores para veículos e partes.
Por mercados compradores, cresceram as vendas para os principais destinos: Asia (26,9%), Mercosul (18,6%), Estados Unidos (17,3%), Oriente Médio (16%), América Central e Caribe (+14,4%), Oceania (4,6%), e União Europeia (4,1%). Os principais países de destino das exportações, no acumulado janeiro-novembro/2017, foram: 1º) China (US$ 46,4 bilhões), 2º) Estados Unidos (US$ 24,5 bilhões), 3º) Argentina (US$ 16,0 bilhões), 4º) Países Baixos (US$ 8,6 bilhões) e 5º) Japão (US$ 4,8 bilhões).
Importações brasileiras de janeiro a novembro de 2017
No acumulado janeiro-novembro de 2017, quando comparado com igual período anterior, houve crescimento em combustíveis e lubrificantes (41,2%), bens intermediários (10,7%) e bens de consumo (7,5%), enquanto decresceram as compras de bens de capital (-13,5%).Por mercados fornecedores, cresceram as compras originárias dos principais mercados como Oceania (59,7%), África (17,5%), Ásia (15,1%), Estados Unidos (5%), Mercosul (2,7%) e União Europeia (2,5%). Os principais países de origem das importações foram: 1º) China (US$ 25,6 bilhões), 2º) Estados Unidos (US$ 22,8 bilhões), 3º) Argentina (US$ 8,7 bilhões), 4º) Alemanha (US$ 8,5 bilhões) e 5º) Coreia do Sul (US$ 4,9 bilhões).
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