A integração dos ecossistemas de inovação do Brasil e de Portugal no contexto do Web Summit

Web Summit Lisboa 2019
Na semana em que se realiza em Lisboa o Web Summit, uma das mais importantes conferências de tecnologia e inovação da Europa e do mundo, a mobilização de dezenas de milhares de pessoas em torno do evento nos lembra de como o crescimento de inovações disruptivas nas últimas décadas tem mudado nossas vidas em ritmo vertiginoso. Para alguém da minha geração, que viu uma típica empresa líder de mercado crescer durante décadas por meio do contínuo aperfeiçoamento do seu negócio principal ou do hábil aproveitamento de conjunturas econômicas, inteirar-se de que, na próxima década, a maior parte das receitas de empresas de sucesso irá derivar de produtos ou modelos de negócios que ainda não existem nos dias de hoje é uma constatação impactante. Nessa nova realidade, em vez de apenas expandir mercados existentes, as empresas criam mercados totalmente novos e inusitados.

É por esse motivo que eventos como o Web Summit despertam tanto interesse nos mais variados setores do empreendedorismo, da academia, da imprensa e dos governos. Todos queremos conhecer as inovações revolucionárias que influenciarão nossos caminhos no futuro.

O Embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro Silva, que participará do seu terceiro Web Summit em Lisboa comentou que ao longo desse período, ele pôde testemunhar como o interesse de startups e empreendedores brasileiros pelo evento e pelo ecossistema de inovação português aumentou: em 2022, participaram do evento cerca de 600 participantes brasileiros; no ano passado, foram em torno de mil; e, neste ano, esperam superar esse número. Os participantes se desdobram entre integrantes de missões de internacionalização da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos; do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas; e de consultorias privadas; além de representantes de governos municipais e estaduais e do Governo Federal.

A franquia Web Summit conta, desde 2023, com edições no Rio de Janeiro, no primeiro semestre do ano. Trata-se do principal evento dessa natureza na América Latina. A edição de 2024 no Riocentro contou com mais de 30 mil participantes, mais de mil startups e cerca de 500 investidores de mais de 100 países. Portugal foi responsável pela segunda maior delegação estrangeira na edição carioca do Web Summit, com 31 startups, atrás apenas dos Estados Unidos.

No Web Summit de Lisboa deste ano, o tradicional estande institucional do Brasil, um dos maiores do evento, com grande afluência de público, terá novamente uma programação diversificada, com sessões de “pitch” de startups brasileiras e de “pitch” reverso de delegações estrangeiras; apresentações sobre as estratégias nacionais de bioeconomia, inteligência artificial e transição energética e suas respectivas ações de apoio a startups; e paineis de discussão sobre temas como transição digital no turismo, inteligência artificial generativa, cooperação entre instituições científicas e tecnológicas (ICTs) e empresas, apoio ao empreendedorismo feminino e parques tecnológicos brasileiros; entre muitas outras atividades.

O Web Summit tem sido muito importante nos últimos anos para o desenvolvimento dos três eixos da diplomacia brasileira na área da inovação: promover a imagem do Brasil como economia inovadora; conectar agentes brasileiros e estrangeiros; e promover a internacionalização do ecossistema brasileiro de inovação.

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