
Paraná acumula cinco superávits desde 2019.
Foto: Claudio Neves / Portos do Paraná
O Paraná registrou superávit na balança comercial em cinco anos desde 2019, de acordo com dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), compilados a partir da Secretaria de Comércio Exterior do governo federal. O número iguala a quantidade de superávits dos nove anteriores – foram quatro déficits consecutivos entre 2011 e 2014.
Os números apontam ainda que 2025 tende a manter o cenário de exportações em maior volume do que as importações. Entre janeiro e setembro, o saldo positivo é de aproximadamente US$ 2,1 bilhões. As vendas somaram US$ 17,7 bilhões e as compras de itens estrangeiros movimentaram US$ 15,6 bilhões nesse período.
A economia paranaense voltou a ter superávit em 2023, após estabilidade dos preços dos fertilizantes. Com força em diversos segmentos, o Paraná teve nesse ano seu melhor desempenho em exportações dentro do período analisado, com US$ 25,2 bilhões. Houve uma combinação perfeita de grande safra agrícola com bons preços internacionais. Com US$ 18,1 bilhões registrados nas importações, o saldo favorável bateu em US$ 7,1 bilhões.
A tendência se manteve no ano passado. As saídas internacionais movimentaram US$ 23,3 bilhões, enquanto as entradas ficaram no patamar de US$ 19,6 bilhões. O resultado positivo para as empresas paranaenses foi de US$ 3,7 bilhões.
Nesse ano de 2025, as exportações do Paraná vêm passando por um processo de desconcentração de mercados internacionais. Até setembro, os produtos do Estado já chegaram a 209 destinos diferentes. Se por um lado, Estados Unidos e China apresentaram redução na participação desse comércio, países como Argentina, Índia e Irã, por exemplo, cresceram como parceiros paranaenses.
Os principais produtos exportados pelo Paraná seguem sendo a soja em grão e a carne de frango “in natura”, únicos que alcançam os dois dígitos no porcentual de participação da balança comercial. A soja representou 26,9% de tudo que foi vendido em 2024. Neste ano, em nove meses, essa parcela caiu um pouco, para 20,9% do total. A carne de frango, por sua vez, era responsável por 15,7% dos negócios no ano passado, passando para 14,8% em 2025, entre janeiro e setembro.
A economia paranaense observa ainda o aumento expressivo na participação nas exportações de diversos itens. É o caso dos cereais, que foram de 1,7% em 2024 para 3,5% em 2025. O valor já é 95,9% maior, mesmo faltando três meses ainda para fechar a conta. Os automóveis também ganharam espaço nas vendas internacionais, passando de uma fatia de 2,1% no total de exportações no ano passado, para os atuais 3,7%, em uma elevação de 69,6%.
A participação da carne suína “in natura” e do óleo de soja bruto subiu pouco mais de 50% entre os dois anos – ambos têm uma fatia de 2,4% do mercado de exportações do Paraná nesses primeiros meses de 2025.
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