Sistema FIEP amplia articulação com Portugal para parcerias na área de gestão de resíduos

Secretario Carlos Martins (a direita) entregou um livro com o historico do processo de gestao de residuos portugues ao presidente Edson Campagnolo

Secretário Carlos Martins (à direita) entregou um livro com o histórico do processo de gestão de resíduos português ao presidente Edson Campagnolo (Fotos: Gelson Bampi)



O Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) recebeu, na quinta-feira 1º de Fevereiro 2018, uma comitiva portuguesa que veio ao Brasil para dar continuidade a articulações de cooperação técnica em projetos ambientais, de gestão de resíduos sólidos e de saneamento. O grupo é capitaneado pelo secretário de Estado do Ambiente de Portugal, Carlos Martins.

Em dezembro, uma missão paranaense que, entre outros integrantes, contou com representantes do Sistema FIEP, do Instituto Paranaense de Reciclagem (InPAR) e do Instituto de Logística Reversa (ILOG), esteve em Portugal para conhecer as iniciativas do país nessas áreas. “Esta cooperação é muito importante e está totalmente alinhada com uma das prioridades do Sistema Fiep, que é promover o desenvolvimento sustentável da indústria paranaense”, disse o presidente da entidade, Edson Campagnolo, ao receber os portugueses. “Pela pró-atividade que temos na questão ambiental, principalmente em relação à logística reversa, temos muitas possibilidades de avançar em ações efetivas com essa parceria”, completou.

Durante o encontro, o secretário Carlos Martins apresentou um histórico do processo de implementação de um novo sistema de gestão de resíduos sólidos em Portugal. Iniciado há mais de 20 anos, ele transformou o país em referência internacional nessa área. “Portugal tinha um grande problema com os lixões, que recebiam todo tipo de resíduos, e a logística reversa foi uma oportunidade para gerar novas empresas e novos negócios no país”, afirmou.

Segundo ele, uma gestão eficiente dos resíduos sólidos passa por aspectos legais, mas não se restringe a isso. “É um equívoco pensar que fazendo leis teremos o problema resolvido. Elas são essenciais para regulamentar e estabelecer metas para o processo, mas não é a única saída”, declarou Martins. Segundo ele, o planejamento integrado entre os diferentes atores – incluindo governos locais, regionais e nacional, além de indústria, comércio e população – e a busca por soluções tecnológicas também são fundamentais. É preciso, também investir em fontes de dados robustas sobre os resíduos gerados para que haja informação suficiente para definir as ações necessárias.

O secretário disse, ainda, que um dos aspectos mais importante do processo de gestão de resíduos é encontrar um equilíbrio para o fluxo financeiro do processo. Isso porque, em alguns casos, resíduos industriais se transformam em matérias primas para outras cadeias produtivas, gerando novos negócios. Porém, há produtos em que essa equação é negativa, com a correta destinação dos resíduos gerando apenas custos para a sociedade. “Acreditamos que os aspectos positivos de uns devem compensar os aspectos negativos dos outros”, explicou.

Por fim, Carlos Martins afirmou que, pela dimensão territorial e populacional muito menor de Portugal, talvez nem todas as soluções lá implantadas sejam ideais para o Brasil. “Mas, por ter um mercado muito mais amplo, o Brasil pode até pensar mais ambiciosamente para criar soluções nessa área”, declarou.

Leia a matéria completa no site da Agência do Sistema FIEP.

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