Presidente de Portugal fica feliz com crescimento do mercado constatado pelo INE

Presidente de Portugal Marcelo Rebelo de Souza

O Presidente da República Portuguesa manifestou-se “feliz” com os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) Português, mas pediu que “não se embandeire em arco” e se mantenha o valor ao longo do ano para que Portugal possa crescer “claramente acima dos 2%”, como deseja o chefe de Estado.

O chefe de Estado sublinhou que “se se mantiver” o ritmo de crescimento da economia — segundo o INE, 2,8% no primeiro trimestre de 2017 face ao mesmo período do ano passado e 1% comparando com o trimestre anterior — poderá atingir-se o valor a que apelou: “Um crescimento claramente acima dos 2%”.

Marcelo Rebelo de Sousa destacou o crescimento de 1% em relação ao trimestre anterior porque “é a comparação imediata que importa”, e classificou como positivo o aumento das exportações.

Com o verão à porta e o turismo em Portugal a “surfar” uma onda muito positiva, o chefe de Estado apontou ainda que se registou uma desaceleração relativa do consumo interno e uma “ligeira desaceleração do investimento – que cresce mas desacelera em relação ao trimestre anterior”. “Há aqui sobretudo um esforço das exportações”, destacou.

De acordo com a estimativa rápida das contas nacionais trimestrais relativas aos primeiros três meses deste ano, divulgadas hoje pelo INE, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 2,8% em volume no 1.º trimestre de 2017, em termos homólogos, depois de no trimestre anterior ter registado uma variação homóloga de 2%.

Este desempenho trimestral homólogo é, assim, o mais positivo dos últimos 10 anos, já que iguala o crescimento verificado no último trimestre de 2007, período em que a economia portuguesa cresceu também 2,8%.

O INE indica que, quanto à variação homóloga, “esta aceleração resultou do maior contributo da procura externa líquida, que passou de negativo para positivo”, traduzindo o aumento mais acentuado das exportações do que o das importações, ao passo que a procura interna “manteve um contributo positivo elevado, embora inferior ao do trimestre precedente”, registando-se uma “desaceleração do consumo privado e uma aceleração do investimento”.

O Governo espera um crescimento do PIB de 1,8% este ano.

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