Em 2017, Portugal ganhou mais quota de mercado das exportações de bens e serviços do que Alemanha, França, Itália, Grécia e Espanha.
As exportações portuguesas estão de parabéns. De acordo com o Boletim Econômico de junho, divulgado esta quinta-feira, pelo Banco de Portugal (BdP), no último ano, as empresas nacionais não só exportaram mais como ganharam quota de mercado nas vendas de bens e serviços. Ganho superior ao registrado pelas suas congêneres alemãs, italianas, francesas, gregas ou espanholas. Só em 2017, Portugal ganhou uma quota de 2,8 pontos percentuais (pp), o que segue a tendência positiva observada desde 2008 e explica em grande parte o “crescimento acumulado das exportações”.
“O desempenho positivo das exportações portuguesas tem excedido, em larga medida, o observado noutros países na área do euro”, refere o relatório. Portugal, registrou o ano passado um crescimento de 7,9% das exportações, crescimento esse acompanhado de ganhos de quota de mercado. Para este ano, a previsão da instituição liderada por Carlos Costa aponta para um ligeiro abrandamento das vendas ao exterior — 7,2%.
Em termos de exportações de bens (excluindo combustíveis) dentro da União Europeia (UE), foi no mercado francês (particularmente, no setor automóvel) que as empresas portuguesas ganharam mais quota. Destaque ainda para a presença de Portugal na Holanda e no Reino Unido. “O ganho de quota reflete essencialmente a contribuição da componente de material de transporte e, em menor grau, da categoria residual de produtos diversos”, acrescenta o BdP.
Já no que diz respeito às exportações de bens extra-UE, foi nos Estados Unidos que se registrou uma maior variação da quota de mercado (19,9%), seguido do Brasil (5,9%) e China (5,9%). No caso brasileiro, foram os combustíveis, o material de transporte e os bens de consumo os que mais contribuíram para este desempenho.
“Em Angola, também se terão obtido ganhos de quota nos últimos dois anos, mas o comportamento das exportações para este mercados tem sido volátil, replicando a volatilidade das importações angolanas“, refere ainda o BdP. Recorde-se que, em 2017, Angola mudou de Presidente, quase quatro décadas depois de José Eduardo dos Santos ter assumido o poder, o que trouxe alguma incerteza à conjuntura do país, altamente dependente do petróleo e que, em virtude da quebra do preço do ouro negro se debate com falta de divisas externas e impõe fortes limitações ao repatriamento de capitais por parte dos investidores estrangeiros.
No setor de turismo, desde 2008, que as exportações têm registrado um “desempenho muito positivo” e mesmo “superior ao observado noutros países do sul da Europa”, avança o BdP. Apesar dos últimos dez anos terem sido sorridentes (com um ligeiro abrandamento entre 2010 e 2012), destacam-se os últimos dois anos como momentos de “ganhos de quota particularmente elevados”.
Em 2017, foi no Reino Unido (com uma variação de 17,1%), em França (com uma variação de 16,4%) e em Espanha (com uma variação de 13,2%) que Portugal ganhou mais quota de mercado, seguindo-se a Alemanha (com uma variação de 11,4%) e os Estados Unidos (com uma variação de 5,2%).
Leia a matéria completa no site da AICEP Portugal Global.
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