Estudo da InterNations, a maior comunidade de expatriados do mundo, volta a destacar qualidade de vida em Portugal.
“Um paraíso para as famílias com uma excelente qualidade de vida.” Em meio tweet, este é o retrato de Portugal feito por quem vive no país como expatriado (alguém que cresceu num país, mas que vive noutro por razões profissionais ou pessoais). Portugal volta em 2018 a ser eleito um dos 10 melhores locais do mundo para quem vive emigrado: desceu ligeiramente, de 5º lugar para 6º no ranking global elaborado pela InterNations, a maior comunidade de expatriados do mundo. Contudo, tal como na edição anterior, Portugal tem a melhor pontuação entre os países europeus. A qualidade de vida, a segurança e a facilidade de adaptação — e, claro, o clima — são algumas das categorias em que Portugal brilha. Mas também há problemas: as perspectivas de carreira são pouco animadoras, os impostos pesam, e a burocracia incomoda.
Portugal fica, em 2018, na 6ª posição do ranking global que inclui 68 países. Melhor do que terras lusas só Bahrein (1º), Taiwan (2º), Equador (3º), México (4º) e Cingapura, que ultrapassou Portugal e tomou o 5º lugar. O restante top 10 é preenchido por Costa Rica (7º), Espanha (8º), Colômbia (9º) e República Checa, em 10º lugar. Portugal volta a ocupar, portanto, um “impressionante” 6º lugar, “estando entre os 10 melhores em três subíndices, incluindo um quinto lugar para a facilidade de adaptação e um segundo lugar para a qualidade de vida“, refere a InterNations no relatório a que o Observador teve acesso.
O Expat Insider resulta de uma sondagem a que responderam 18.135 expatriados de 178 nacionalidades, que vivem espalhados por 187 países ou territórios. “Tivemos respostas de todos os cantos do mundo, desde mais de 1.600 participantes na Alemanha até um na Groenlândia e outro na Guiné Equatorial”, explica ao Observador Malte Zeeck, um dos dois co-fundadores da InterNations, uma rede global de expatriados que já tem 3,2 milhões de membros e que nasceu com a intenção de ajudar as pessoas a tomarem decisões como saber para que país devem emigrar, se devem ou não aceitar uma proposta de emprego vinda de fora ou, outro exemplo, em que país seriam mais felizes depois de ter filhos ou após a reforma.
A InterNations nasceu, também, porque Malte Zeeck, jornalista, sentiu na pele a “solidão” que muitas vezes sente quem muda de país e tem de “começar tudo, novamente”, ou seja, criar novas rotinas, fazer novos amigos e adaptar-se a uma cultura diferente. E, como o estudo de 2018 volta a reforçar, Portugal é um dos países onde essa adaptação é mais fácil — ou, talvez, menos difícil. “Depois de Portugal ter sido considerado o país mais acolhedor do mundo em 2017, 87% dos expatriados descrevem a atitude da população local como amigável em relação aos residentes estrangeiros em 2018. São sete pontos percentuais a menos que o ano passado (94%), mas ainda são uns incríveis 21 pontos a mais que a média global, que é de 66%”, aponta o estudo.
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