Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul aprovaram um plano de ação para cooperação em inovação de 2017 a 2020, informou o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Alvaro Prata, que participou do 5º Encontro Ministerial de Ciência, Tecnologia e Inovação do Fórum de Diálogo dos Brics, em 18 de julho, em Hangzhou. A China recebe a 9ª Cúpula do grupo de 3 a 4 de setembro, em Xiamen. No encontro, também foi atualizada a agenda de trabalho do grupo até 2018, com três eventos previstos para cidades brasileiras.
Segundo Prata, a inovação dominou a primeira edição chinesa do encontro anual entre as pastas científicas das cinco economias emergentes. “Cada ministro apresentou e discutiu as políticas nacionais e as estratégias adotadas para promover o crescimento a partir da inovação, a fim de trocar experiências e traçar possibilidades de cooperação”, explica. “Fizemos um panorama do nosso investimento público e privado em pesquisa e desenvolvimento (P&D), e exploramos as iniciativas brasileiras de apoio ao empreendedorismo de base tecnológica, ao destacar o nosso esforço por meio de programas de startups e da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial).”
O secretário ressaltou o amadurecimento da China em ciência e tecnologia, expresso pelo alto investimento em P&D, e as preocupações humanitárias da África do Sul, próximo país a presidir o grupo. “A ministra sul-africana de Ciência e Tecnologia, Naledi Pandor, trouxe isso na perspectiva de que os avanços em desenvolvimento tecnológico e inovação devem ser inclusivos e contemplar questões raciais e de gênero”, relata.
Prata assinou com os ministros dos outros quatro países três documentos. O mais novo deles é o Plano de Ação dos Brics para Cooperação em Inovação, válido de 2017 a 2020. Proposta em 2016 pela Índia para estender a cooperação multilateral além de objetivos puramente acadêmicos, a Parceria de Empreendedorismo em Ciência, Tecnologia e Inovação (Stiep, na sigla em inglês) se responsabiliza por duas metas principais neste momento inicial.
“A primeira delas é a criação de redes de parques científicos e incubadoras de negócios, promovendo o apoio a pequenas e médias empresas de base tecnológica”, detalha o secretário. “A segunda meta seria estimular a capacitação de talentos em um contexto ampliado, culturalmente diversificado, porque cada país tem seu próprio ambiente de inovação, sobretudo em busca de converter ideias em soluções de tecnologias da informação e comunicação (TICs), materiais, recursos hídricos, saúde, energia e resiliência a desastres naturais.”
Os cinco ministérios ainda revisaram e atualizaram o Plano de Trabalho de 2015 a 2018, firmado em Moscou, na Rússia, durante o 3º Encontro de Ministros, em outubro de 2015. A nova versão do documento estabelece uma agenda de 17 eventos até o fim do ano que vem. A lista prevê a realização de três reuniões de grupos de trabalho (GTs) dos Brics em cidades brasileiras.
Desde o 1º Encontro de Ministros, na Cidade do Cabo, na África do Sul, em fevereiro de 2014, cada país lidera uma área temática: prevenção e mitigação de desastres naturais, sob responsabilidade brasileira; recursos hídricos e tratamento da poluição, por conta da Rússia; tecnologia geoespacial e suas aplicações para o desenvolvimento, da Índia; fontes renováveis de energia e seu uso eficiente, da China; e astronomia, com liderança sul-africana.
Leia a matéria completa no site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTI.
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