O Bosque de Portugal foi criado em 1994 no bairro do Jardim Social, pelo então prefeito Rafael Greca, com o objetivo de preservar a mata ciliar do Rio Tarumã, que passa no meio da área. A ideia foi fazer uma homenagem ao povo português e ao nosso idioma, o quinto mais falado no mundo. Mas também como uma forma de revitalizar este ponto do bairro.
“Tudo vale a pena se a alma não é pequena”. É com este poema de Fernando Pessoa que o Bosque de Portugal recebe curitibanos e turistas há 24 anos. O parque é um convite para quem deseja caminhar pela sua pista, relaxar sob as copas das árvores ou simplesmente contemplar poesias de ícones das literaturas portuguesa e brasileira.
Quando o bosque foi inaugurado, não havia nada mais do que um trecho da rua Ozório Duque Estrada com um matagal de um lado e “muitos desocupados do outro”, como conta o sorveteiro José Félix. Ele trabalha no bairro há quase quatro décadas, e conhece todos os moradores da região: “hoje é muito mais seguro andar por aqui”, completa.
Esta foi a primeira grande área de mata nativa preservada no Jardim Social, que ganhou também um memorial com uma ampla praça de petit pavê no trecho em que a rua Ozório Duque Estrada terminava sem saída. Logo no início do boulevard há uma coluna com o mais famoso poema de Fernando Pessoa, escrito nos azulejos decorados típicos de Portugal.
Depois, o caminho leva até um mosaico de pedras com uma rosa dos ventos estilizada e uma caravela portuguesa, em referência às embarcações que levavam os grandes navegadores do país pelo mundo. E logo ao lado, circundando a praça, estão oito colunas com os nomes dos países que falam o idioma português: Portugal, Brasil, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Angola, Guiné Bissau e Timor Leste. Este último foi construído em 2007, quando o território conquistou a independência.
A descoberta da história da língua portuguesa, embalada pelo som da gaita do sorveteiro José Félix, animou o turista paulistano Bruno Zanardi. Ele veio passar o final de semana em Curitiba e aproveitou para conhecer o bosque. Bruno conta que achou “bem interessante ter um parque assim, com as poesias de Luís de Camões ao longo da trilha, além de ser um local preservado no meio da cidade”.
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