
Torre de Belém em Lisboa
Portugal tem vindo a bater recordes no turismo não só em número de turistas como também em receitas. Em 2017, o total de dormidas superou os 57 milhões e as receitas na área hoteleira ultrapassaram os 2500 milhões de euros.
Lisboa é uma das principais âncoras deste crescimento e já registra uma das maiores taxas de ocupação da Europa. Os números falam por si: a ocupação na capital ronda os 80,5%, ultrapassando cidades como Paris (78,8%), Londres (78%), Barcelona (79,2%), Madrid (75,2%) e Roma (71,3%). Só Amsterdã ultrapassa a cidade lisboeta com 85,5% de ocupação. A conclusão é do estudo “Atlas da Hotelaria”, da Deloitte.
No entanto, o valor das receitas por quarto disponível (RevPAR), que no mercado português ronda os 82,90 euros, fica abaixo da média européia, que se fixa em 92,50 euros, dando assim espaço de crescimento. Aliás, esta tem sido uma das preocupações dos hoteleiros, que têm vindo a chamar a atenção para a necessidade de crescer em termos de valor. Ainda assim, a Área Metropolitana de Lisboa registrou o valor mais alto dos últimos dez anos ao fixar-se nos 72,60 euros, o que representa uma subida de 21%, ou seja, mais 13,40 euros face a 2016, o que corresponde à maior subida ocorrida no ano passado entre todas as regiões do país.
Também a Área Metropolitana do Porto e, acima de tudo, o Porto, terão contribuído de forma significativa para este aumento. Só num ano, entre 2016 e 2017, o RevPAR dos estabelecimentos hoteleiros na cidade nortenha cresceu 14 euros, para 66,60 euros.
Já em termos de taxa de ocupação, a Região Autônoma da Madeira e o Algarve apresentam a estadia média mais elevada, com 5,2 e 4,6 dias, respectivamente. Logo a seguir surgem os Açores, com uma estadia média de 3 dias, enquanto em Lisboa ela se fixa nos 2,3 dias. Quando analisado o índice de sazonalidade, os meses de julho, agosto e setembro são os que registram o maior número de dormidas.
Estes resultados vão ao encontro do que tem vindo a ser defendido pela secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho: “O crescimento sustentado da atividade turística, com o contínuo alargamento a todo o território e ao longo do ano, bem como a dinamização do turismo interno, constituem prioridades da estratégia que estamos a implementar.”
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