As nove economias dos países da CPLP valem quase três biliões de dólares (2,7 biliões de euros), mas a evolução mostra uma comunidade a três velocidades, com Brasil e Guiné Equatorial em recessão, e com Moçambique em forte abrandamento.
De acordo com as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para este ano e para 2017, feitas no princípio de Maio, o Brasil e a Guiné Equatorial são os únicos dois países em recessão, seguindo-se depois um grupo de três países cuja expansão económica deverá ficar abaixo dos 3% este ano – Angola, Cabo Verde e Portugal.
No pelotão deste grupo que se fosse um país seria a sexta maior economia mundial, mantêm-se a Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, num grupo liderado por Moçambique, que terá o maior crescimento da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): 6% este ano e 6,8% em 2017, um valor entretanto revisto em baixa pelo próprio FMI, que espera agora um crescimento de 4,5% para este ano.
O Brasil, o gigante económico da lusofonia, vale 2,2 biliões de dólares, e está inserido no Mercosul, cuja riqueza económica ascende a quase 3,5 biliões de dólares.
As previsões de crescimento das várias economias escondem, no entanto, uma realidade dura, por exemplo em Moçambique: à crise da dívida que atravessa, fruto da ocultação de empréstimos no valor de mais de 1,4 mil milhões de dólares nos últimos anos, junta-se também a crise política e militar, além da crise agrícola, resultado das condições climatéricas.
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